Panorâmica do Charco Pedagógico da EBVV
Recentemente e na hora do primeiro tempo da manhã visitei o Charco Pedagógico da escola, onde constatei que as rãs estavam a dar "as boas vindas" aos alunos que por perto passavam. Este Charco tem sido uma ferramenta interessante no ensino das Ciências Naturais, especialmente do terceiro ciclo. A disciplina de Físico química também tem usado esta estrutura/ferramenta no seu ensino prático. Pena é que alguns alunos abandonem lixo no seu interior e não respeitam este ecossistema na sua plenitude. Brevemente postaremos aqui o ponto de situação dos trabalhos realizados pelos alunos, entretanto poderão assistir atéJulho ao "concerto" dos seus habitantes mais barulhentos, as rãs do nosso Charco 🤔
Pelophylax perezi. (López-Seoane, 1885)
Rã-verde, Rã-comum
Estatuto de Conservação: LC - Pouco Preocupante
Trata-se da rã mais comum em Portugal. É um anuro razoavelmente grande (chega a atingir os 10 cm), sendo a fêmea maior do que o macho. O focinho é pontiagudo e a cabeça é larga. Os olhos (com pupila horizontal elíptica e íris dourada) são grandes, muito próximos e salientes. Destacam-se os tímpanos grandes, bem visíveis, castanhos ou amarelados.
Acasalamento de rãs no nosso Charco. Fotografia da autoria do aluno Martim Malheiro do 6⁰C (O acasalamento ocorre na água, com fecundação externa. “O macho abraça o dorso da fêmea, e simultaneamente ocorre a libertação dos gâmetas e, em consequência, a fecundação).
A fecundação externa em anuros ( rãs e sapos)
O período de acasalamento começa em abril e vai até julho, mas pode mudar dependendo da espécie e da localização. O macho então começa a coaxar, um som que é escutado de todas as direções e bem alto.
Atraindo então uma fêmea, o casal desloca-se para algum local que tenha água, então a fêmea liberta os seus ovos que serão fecundados pelo macho ( fecundação externa). O mais interessante, é a quantidade, pois a rã pode chegar a colocar mais de 10 mil ovos, que parecem grãos de poeira para nós. Esses ovos são envoltos por uma substância com textura gelatinosa. Cerca de um mês depois, esses ovos eclodem, libertando os girinos, que vivem na água.
Apelo a todos os alunos da Escola para que se tornem zeladores deste espaço educativo mas também deste pequeno ecossistema onde poderão com a ajuda dos vossos professores de Ciências aprenderem muito sobre ambientes húmidos e biodiversidade entre outros aspetos. Conto convosco para protegerem este pequeno santuário de vida animal e vegetal 🤔👍
Luís Vaz
(Coordenador do Eco-Escolas da EBVV)
Espero que os girinos consigam sobreviver, pois os alunos só sujam o charco...