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Compostagem no Jardim da EBVV -19 de Abril-


O grupo "operacional e muito dedicado" (alunos das turmas do 5ºC e do 5ºD), no dia da "Formação sobre compostagem", dada na nossa Escola por um técnico da Quercus, onde uma delegação da Câmara Municipal de Vila Verde também esteve presente. Nesse mesmo dia recebemos dos técnicos camarários, como oferta este lindo Biodigestor. Esta iniciativa deve-se ao ilustre coordenador do Projeto Eco-Escolas, o professor Miguel Machado. A ele o nosso muito obrigado pelo apoio e pela dinâmica que imprime neste nosso projeto.

Sabias que podes utilizar a parte orgânica do lixo que produzimos em casa para fazer um composto e usar esse material no teu quintal ou jardim, melhorando a fertilidade do solo?


Todos os resíduos orgânicos, desde que não sejam tóxicos ou poluentes, podem ser transformados em composto (adubo orgânico para enriquecer o solo). Na prática, a maior parte dos resíduos orgânicos produzidos numa cozinha e num jardim podem ser compostados, dividindo-se normalmente os materiais em dois tipos: materiais com maior teor de azoto (materiais N) e materiais com maior teor de carbono (materiais C).

Os materiais N, tipicamente os restos produzidos na cozinha, são, por exemplo, as cascas e restos de batata e frutas, os legumes e hortaliça, as borras e filtros usados de café, as folhas e sacos de chá, o pão, o arroz e a massa, a casca de ovo esmagada, os restos de comida cozinhada (tapar com terra) e cereais.

Os materiais C são sobretudo os produzidos nas limpezas do jardim, nomeadamente, aparas de relva e erva, folhas secas, ramos pequenos provenientes de podas ou limpezas do jardim, cabendo também nesta classificação feno e palha, aparas de madeira e serradura e pequenas quantidades de cinzas de madeira .

ATENÇÃO: Não se deve juntar nunca ao material a compostar a carne, peixe e ossos, pois podem atrair animais indesejáveis; os excrementos, pois podem conter microorganismos patogénicos passíveis de sobreviver ao processo de compostagem e resíduos de jardim com pesticidas, plantas com doenças e ervas daninhas com sementes, por razões óbvias.

Sendo assim, e porque a Câmara Municipal de Vila Verde, nos deu um "biodigestor de jardim" resolvemos ontem dia 19 de abril iniciar a nossa Atividade de Compostagem, para que os nossos alunos percebam o "processo de compostagem" no seu todo e a curto prazo "clonem" esta ideia e iniciem nos seus quintais o seu próprio processo de compostagem, até porque brevemente o Município de Vila Verde irá dar formação ao público sobre "compostagem" e irá oferecer "biodigestores de jardim" ( Biodigestor para compostagem de lixo doméstico ) às famílias que se interessem por estes processos sustentáveis e ambientalmente indicados.

COMO FAZER:

1º - A pilha que vamos construir deverá ter a maior diversidade possível de resíduos, numa proporção semelhante de materiais C e materiais N. Deverão ser feitas camadas alternadas de um e de outro tipo de material. É importante notar que além de materiais N e C, há materiais mais grossos e mais finos, mais secos e mais húmidos, devendo todos estes componentes estar presentes na pilha.

2º - Deve-se começar a pilha com uma camada de ramos partidos e folhas para facilitar o arejamento. Depois faça uma camada com 5 a 10 cm com materiais C, depois uma de igual espessura de materiais N e assim sucessivamente. A camada do topo deverá ser de material C. Logo que os resíduos orgânicos sejam colocados no recipiente de compostagem inicia-se o processo de decomposição através da acção de bactérias e fungos, sem termos que fazer nada. É um processo natural que se desenvolve por si. No entanto, para que corra bem e sem maus cheiros, é necessário que haja oxigénio suficiente, uma certa temperatura e que a humidade esteja dentro de certos limites. 

3º - A pilha deve ser virada de 15 em 15 dias, para que, dependendo das condições climáticas, o composto fique pronto em 3 ou 4 meses. Se virar a pilha raramente, o composto fica pronto num período de 6 meses a um ano.Quando se vira a pilha deve-se ter o cuidado de inverter as camadas (a inferior passa para cima e vice-versa). A pilha não deve estar exposta a ventos frios, demasiada chuva ou demasiado calor. O composto está pronto quando não se degrada mais mesmo sendo revirado, tem um aspecto relativamente homogéneo e granuloso onde os componentes originais não são reconhecíveis, tem cor escura e cheiro a terra rica em matéria orgânica.

4º - Depois de pronto, o composto deve repousar entre duas a quatro semanas antes de ser aplicado. Depois desta fase de maturação, pode ser aplicado em relvados, jardins, quintais, à volta das árvores ou mesmo para envasar plantas (neste caso deve juntar 1/3 de composto, 1/3 de areia e 1/3 de terra).

GOSTARAM DESTE ARTIGO? E DA ATIVIDADE QUE INICIAMOS ONTEM?


O nosso Biodigestor novinho em folha! Já colocado no sítio certo pelo professor Lino Ramos, um dos professores "que dá vida" e qualidade ao nosso projeto.


Colocamos a 1º camada no fundo, folhas e ramos, que são os materiais com maior teor de carbono (materiais C)


Colocamos a 2º camada no fundo, os materiais N (materiais com maior teor de azoto), tipicamente os restos produzidos na cozinha, são, por exemplo, as cascas e restos de batata e frutas, os legumes e hortaliça, as borras e filtros usados de café, as folhas e sacos de chá, o pão, o arroz e a massa, a casca de ovo esmagada, os restos de comida cozinhada (tapar com terra) e cereais.


Próximas etapas: Continuar a colocar alternadamente os materiais C e os materiais N no biodigestor ..... até que fique cheio. E claro, a pilha deve ser virada de 15 em 15 dias, para que, dependendo das condições climáticas, o composto fique pronto em 3 ou 4 meses.


Até Breve


Professor Luís Beleza Vaz


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