Compostagem na Horta Pedagógica da EBVV

Sabias quem em vez de atirares a matéria orgânica para o lixo podes usá-la para fazer um composto? Pois é, incrível não?

Bem, deves estar a perguntar… Mas como? Bem é muito simples. Os restos de legumes ou frutas ou plantas podem ser usados para fazer um adubo natural. Basta usares um biodegestor/ compostor, colocando nele os legumes, frutas e plantas. Conforme o tempo ele sofre vários processos. No final... já está! Muito fácil, não é?

Como tal hoje iniciamos a compostagem este ano letivo na nossa Horta Pedagógica. Por várias razões só hoje a equipa de compostagem do Eco Escolas iniciou mais este projeto do Eco-Escolas, como tal três alunos do 6ºC, o Matias Cunha, o Diogo Lima e o Pedro Torres foram depositar no nosso compostor da Horta. os primeiros baldes de restos vegetais, primeiro um balde recolhido na cantina da Escola, repleto de cascas de cebolas e de restos de couves e afins, tudo material vegetal rico em Azoto. Depois recolheram um balde de folhas secas e também colocaram no Compostor da Horta. O objetivo é alternar um depósito de material rico em azoto com material rico em carbono. Esta Equipa ainda tem mais dois elementos, o João Silva e o Martim Malheiro, ambos alunos da Turma do 6ª C. As recolhas na Cantina da Escola serão á terça feira e na sexta feira.

Estes serão estes os passos para fazeres a magia acontecer:

1.º - A pilha que vamos construir deverá ter a maior diversidade possível de resíduos, numa proporção semelhante de materiais C (materiais ricos em carbono, como por exemplo as folhas secas, ramos secos, palha e serrim) e materiais N (materiais ricos em azoto, como por exemplo folhas verdes, estrumes animais, urinas, solo, restos de vegetais hortícolas, erva, etc.). Deverão ser feitas camadas alternadas de um e de outro tipo de material. É importante notar que além de materiais N e C, há materiais mais grossos e mais finos, mais secos e mais húmidos, devendo todos estes componentes estar presentes na pilha.

2.º - Deve-se começar a pilha com uma camada de ramos partidos e folhas para facilitar o arejamento. Depois faça uma camada com 5 a 10 cm com materiais C; de seguida uma de igual espessura de materiais N e assim sucessivamente. A camada do topo deverá ser de material C. Logo que os resíduos orgânicos sejam colocados no recipiente de compostagem inicia-se o processo de decomposição através da ação de bactérias e fungos, sem necessidade de nenhuma ação nossa. É um processo natural que se desenvolve por si. No entanto, para que corra bem e sem maus cheiros, é necessário que haja oxigénio suficiente, uma certa temperatura e que a humidade esteja dentro de certos limites.

3.º - A pilha deve ser virada de 15 em 15 dias, para que, dependendo das condições climáticas, o composto fique pronto em 3 ou 4 meses. Se virar a pilha raramente, o composto fica pronto num período de 6 meses a um ano. Quando se vira a pilha deve-se ter o cuidado de inverter as camadas (a inferior passa para cima e vice-versa). A pilha não deve estar exposta a ventos frios, demasiada chuva ou demasiado calor. O composto está pronto quando não se degrada mais, mesmo sendo revirado, tem um aspeto relativamente homogéneo e granuloso onde os componentes originais não são reconhecíveis, tem cor escura e cheiro a terra rica em matéria orgânica.

4.º - Depois de pronto, o composto deve repousar entre duas a quatro semanas antes de ser aplicado. Depois desta fase de maturação, pode ser aplicado em relvados, jardins, quintais, à volta das árvores ou mesmo para envasar plantas (neste caso deve juntar 1/3 de composto, 1/3 de areia e 1/3 de terra).

Fazendo isto vamos dar uma bela ajuda ao nosso planeta. Por isso junta-te a nós e vem salvar o mundo da indesejável poluição. Semanalmente (dois dias por semana) estamos a realizar a manutenção do nosso compostor, levando-lhe restos de hortícolas da nossa cantina. Alternadamente colocamos também folhas e ramos secos.

Vila Verde, 15 de março de 2023

Luís Vaz

(Coordenador do Eco-Escolas da EBVV)